A diversidade é uma causa que a DeÔnibus defende desde a sua concepção – não só na teoria, mas na prática. Aqui, abraçamos as diferenças por entendermos que são elas que nos fazem maiores, melhores e únicos. Não porque as vemos como diferenças, mas pelo fato de enxergarmos a todos como iguais.
Todos merecem oportunidades iguais, tratamentos iguais e direitos iguais. É assim que abraçamos tanto nossos colaboradores quanto nossos clientes.
E é justamente no mês da Diversidade e Orgulho LGBTQIA+ que não apenas reforçamos esse compromisso como, também, nos posicionamos em apoio à causa como um todo. Aqui só tem uma rota que não percorremos: a do preconceito.
Por isso achamos importante explicar um pouco sobre esse movimento.
Junho é o mês escolhido para tratar da Diversidade e Orgulho LGBTQIA+.
A data tem um significado importante, pois foi em junho de 1969 que ocorreu um movimento que ficou conhecido como a Rebelião de Stonewall, o marco inicial do movimento LGBTQIA+.
Índice
História do movimento LGBTQIA+

Durante uma época em que ser homossexual significava que a pessoa perdia o seu respeito e sua dignidade, sendo malvista pela sociedade e correndo o risco de ser perseguida, muitos escolhiam viver de forma reclusa. Até que um ato mudou tudo.
Um grande marco no movimento foi a revolta de Stonewall, ocorrida no dia 28 de junho de 1969 em Nova York, onde um grupo de gays resolveu enfrentar a frequente violência policial sofrida pelos homossexuais.
A partir daí começaram a ser realizados vários protestos em todo o mundo a favor dos direitos homossexuais.
Inclusive, a 1ª Parada do Orgulho Gay foi organizada no ano seguinte, como lembrança e fortalecimento do movimento contra o preconceito.
No Brasil, um grande marco para o movimento LGBT foi em 1978, ano em que foi criado o Movimento Homossexual Brasileiro (MHB).
Com o passar dos anos muitos direitos foram conquistados e barreiras derrubadas. Mas essa luta está apenas no começo. Ainda existem muitos outros obstáculos a serem vencidos.
Vale lembrar que aqui no Brasil, em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu enquadrar (ainda que com muito atraso) os atos de homofobia e transfobia na Lei do Racismo (7.716/1989).
Portanto, qualquer ato de homofobia e transfobia é considerado crime no Brasil.
Principais rotas para comunidade LGBTQIA+

De acordo com a Organização Mundial do Turismo, de cada dez turistas, um é LGBTQIA+. Isso mostra a importância do turismo inclusivo em todas as cidades do Brasil e como ele pode movimentar a economia.
Estas cidades bastante procuradas tanto pelo seu acolhimento quanto pela sua inclusão, são chamados também de ‘gay-friendly’.
Gay-friendly é um local que recebe seus visitantes com respeito e igualdade, independentemente de sua identidade de gênero.
Aliás, você sabia que na DeÔnibus é possível comprar passagens usando seu nome social? Clique aqui e saiba como fazer isso.
E para celebrar o mês da diversidade, separamos neste post alguns destinos ideais para quem quer celebrar seu amor. Nestas cidades indicadas, todas as pessoas LGBTQIA+ são recebidas de braços abertos.
Destino LGBTQIA+ São Paulo (SP)

A capital paulista é considerada um dos melhores destinos para gays no mundo e isto se deve a hospitalidade e o respeito que a cidade tem pelo público LGBTQIA+.
Nela é possível encontrar vários estabelecimentos comerciais que tenham uma postura de respeito pelos seus frequentadores, além de bares e casas noturnas voltadas especificamente para o público LGBTQIA+.
Celebre o amor e a diversidade em São Paulo (SP) sem preconceito!
Destino LGBTQIA+ Rio de Janeiro (RJ)

Além da alegria do povo carioca, é possível encontrar receptividade e empatia com o público LGBTQIA+ na Cidade Maravilhosa.
Há muitos atrativos gay-friendly no Rio de Janeiro (RJ), incluindo também as praias, como é o caso do Posto 9, em Ipanema, onde é possível ver as bandeiras de arco-íris sinalizando o lugar.
O Rio dispensa maiores apresentações. Reserve sua passagem e vá curtir muito!
Destino LGBTQIA+ Belo Horizonte (MG)

Segundo pesquisas realizadas pela Rede de Comunicações Guiya, Belo Horizonte (MG) tem o segundo maior circuito LGBT do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo (SP).
Além de possuir casas de shows voltadas para o público LGBTQIA+, existem ruas da cidade famosas por concentrar estabelecimentos e receber a todos de braços abertos.
Bora pra Beagá?
Destino LGBTQIA+ Florianópolis (SC)

Não é à toa que Florianópolis (SC) é conhecida como a ‘ilha da magia’, pois lá todos são tratados com muito amor e respeito.
A cada ano que passa a cidade abraça mais a causa da diversidade sexual. São inúmeros eventos promovidos em Floripa e o resultado é a procura cada vez maior pelo público LGBTQIA+.
O destaque da cidade são as praias Mole e Galheta, e o Bar do Deca.
Destino LGBTQIA+ Recife (PE)

A ensolarada Recife (PE) é considerada a cidade mais gay-friendly do Nordeste, tanto que a Prefeitura criou um guia virtual especializado com opções friendly, chamado de Recife+.
A ideia é proporcionar uma melhor experiência a todas as pessoas LGBTQIA+ que visitam a cidade.
São várias opções de lazer, bares e baladas gays para se divertir, além das praias. Aliás a maior concentração gay fica na Praia de Boa Viagem.
Principais eventos LGBTQIA+ do mês no Brasil
- 26ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo
- Gay pride São Paulo
- 20ª Feira Cultural da Diversidade da Parada LGBT+
- 25ª Parada Do Orgulho LGBTI+ Em Copacabana
- Circuito Rio de Cores
- LGBT+ Turismo Expo
- 23ª Parada do Orgulho LGBT de BH
- Miss Brasil Gay
- Rainbow Fest BrasilRainbow Fest Brasil
- Florianópolis Gay Carnival
Filmes e livros que retratam a luta pelo respeito do público LGBTQIA+
Listamos abaixo alguns livros e filmes que consideramos importantes para a conscientização sobre diversidade e, também, para que possamos ter uma sociedade cada vez mais inclusiva. Confira!

Quando as borboletas voam do sertão
Autor: Renato Lima
Aos oito anos, num ambiente áspero e hostil, o pequeno Romualdo troca as brincadeiras de bola e de carrinho pelas bonecas de sua amiguinha Isaurina. Delicado no jeito de ser e de falar, ele enfrenta a discriminação e a ira do próprio pai, Mundinho, que não aceita um filho diferente. No sertão nordestino arrasado pela seca do início da década de 1980, o garoto tem de sobreviver à miséria e ao destino cruel e violento traçado pelo pai. Mas seus caminhos mudam por completo após uma fatalidade. E, assim, a borboleta voa do sertão rumo a São Paulo. O romance de estreia do escritor e jornalista Renato Lima narra as aventuras de Romualdo, que sobrevive à intolerância do pai, e passa a viver longe de sua família. Da infância até a idade adulta, suas descobertas, seus amores, as incertezas e os desafios de um menino que sonhou grande. Os voos de uma borboleta que fugiu da morte anunciada para encontrar vida em outros campos.

Devassos no Paraíso – A homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade
Autor: João Silvério Trevisan
Num frutífero diálogo com diversos campos de conhecimento e expressões de nossa cultura — cinema, teatro, política, história, medicina, psicologia, direito, literatura, artes plásticas etc. —, João Silvério Trevisan realiza um estudo pioneiro sobre a homoafetividade no Brasil. Considerado uma referência, Devassos no Paraíso atravessou gerações, provocou intensa interlocução com a comunidade LGBT e influenciou desde ações emancipatórias até pesquisas sobre gênero e sexualidade. Agora, esse monumental trabalho chega à sua quarta edição trazendo novos capítulos, imagens e texto atualizado sobre as lutas e conquistas dos direitos LGBT ocorridas no século XXI.

Ditadura e homossexualidades: Repressão, Resistência e a Busca da Verdade
Autores: James N. Green e Renan Quinalha
O objetivo central do livro é contribuir para uma análise interdisciplinar das relações entre a ditadura brasileira (1964-1985) e as várias formas de homossexualidades, hoje mais apuradas na sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). Em especial, pretende-se discutir de que maneiras a ditadura dificultou tanto os modos de vida de gays, lésbicas e pessoas trans quanto a afirmação do movimento LGBT no Brasil durante os anos 1960, 70 e 80. Contudo, sem perder de vista essa perspectiva que destaca as violências dirigidas contra esses grupos específicos, outro foco importante da obra recai sobre as ações de resistência empreendidas por esses segmentos sociais que, ao mesmo tempo em que foram alvo privilegiado das políticas de repressão e de controle, acabaram se constituindo como atores fundamentais da redemocratização brasileira. Essa análise dos cruzamentos entre a ditadura e as temáticas ligadas ao universo das homossexualidades torna-se ainda mais importante considerando o momento atualmente vivido em nosso país, no qual diversas Comissões da Verdade estão investigando as graves violações aos direitos humanos praticadas durante o governo autoritário. Dessa forma, a obra se inscreve nesse contexto mais amplo da luta por verdade, justiça e reparação em relação aos crimes praticados durante a ditadura no Brasil, conferindo visibilidade e o devido reconhecimento para as experiências de vida dos homossexuais e para a atuação do movimento LGBT durante essa época histórica.

O Armário: Homossexualidade e Saída do Armário
Autor: Fabrício Viana
Fabrício Viana é bacharel em Psicologia e escreveu este livro em 2006 sobre a Homossexualidade e os processos psíquicos que envolvem a “entrada” e a “saída do armário”. Com mais de 5 mil exemplares impressos vendidos pela Bons Livros Editora Digital, o livro agora está disponível na Amazon em sua versão digital. Seu conteúdo é dividido em duas partes: a primeira, autobiográfica, onde o autor narra seu processo de descoberta e aceitação de sua própria homossexualidade e a segunda parte, onde narra a história da homossexualidade, sua condenação religiosa, condenação científica, as dinâmicas psíquicas do machismo e vários conceitos importantíssimos que servem para pais de homossexuais, psicólogos, estudantes, pedagogos e até mesmo homossexuais que estão em conflito com seus próprios desejos. O ARMÁRIO hoje é um livro que se tornou referência dentro e fora da comunidade LGBT quando o assunto é a Homossexualidade e os processos psíquicos que envolvem a “entrada e a saída do armário”.
Milk – A Voz da Igualdade (2008)
Início dos anos 70. Harvey Milk (Sean Penn) é um nova-iorquino que, para mudar de vida, decidiu morar com seu namorado Scott (James Franco) em San Francisco, onde abriram uma pequena loja de revelação fotográfica. Disposto a enfrentar a violência e o preconceito da época, Milk busca direitos iguais e oportunidades para todos, sem discriminação sexual. Com a colaboração de amigos e voluntários (não necessariamente homossexuais), Milk entra numa intensa batalha política e consegue ser eleito para o Quadro de Supervisor da cidade de San Francisco em 1977, tornando-se o primeiro gay assumido a alcançar um cargo público de importância nos Estados Unidos.
Call Me Kuchu (2012)
David Kato é o primeiro homem assumidamente gay na Uganda. Sofrendo pressões e ameaças, esse ativista luta para banir um projeto de lei prestes a ser votado, que pretende condenar todos os homossexuais do país à pena de morte. Enquanto o documentário acompanha a trajetória de David, várias mortes de gays afetam o país e tornam-se notícia em todo o mundo.
Favela Gay (2014)
A homossexualidade dentro das favelas cariocas. Temas como homofobia, preconceito, trabalho e aceitação da família, a partir da perspectiva de gays e lésbicas, que contam seus cotidianos dentro da comunidade. Um retrato de como, apesar das adversidades, essas pessoas constroem suas próprias histórias através da educação, da arte e da política.
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