Diferente da grande maioria das datas comemorativas no Brasil, o Dia Internacional da Mulher é uma data marcada por lutas e muita história, sem possuir um forte apelo comercial.
A verdadeira história do 8 de março tem muito mais resistência e luta por direitos do que qualquer coisa. Mulheres unidas, mobilizadas e na luta por direitos básicos e equidade.
Índice
Qual a origem do Dia da Mulher?

O Dia das Mulheres tem suas origens em 1891, no movimento operário, já que na época as condições de trabalho das mulheres eram ainda piores que as dos homens.
A idealizadora da data foi Clara Zetkin, ativista alemã e defensora dos direitos das mulheres. Entretanto o Dia Internacional das Mulheres só foi oficializado em 1975, quando a ONU tornou a data oficial.
A partir de então a data é celebrada no mundo inteiro, no dia 08 de março, como um dia para reivindicar a igualdade de gênero. E é inegável o avanço e conquistas das mulheres desde então – e sabemos que esse avanço ainda é muito recente e existe muita coisa para melhorar.
Algumas conquistas recentes que mostram o avanço desta luta:
- Em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha
- Em 2014 foi criando o Dia da Mulher Negra
- Em 2015 foi aprovada a Lei do Feminicídio
- Em 2017 o movimento #MeToo contra assédio sexual ganhou força mundial
- Em 2020 o Sudão criminalizou a mutilação genital feminina
- Em 2021 a Nova Zelândia aprovou licença remunerada após aborto espontâneo
- Em 2021 Kamala Harris se tornou a primeira mulher negra e a primeira asiática-americana vice-presidente dos EUA
Conheça algumas mulheres pretas importantes para a nossa história
Ao longo da história muitas mulheres negras se destacaram pela bravura, visão e liderança que exerceram. Listamos a seguir três delas para você conhecer e pesquisar mais a respeito.

Tereza de Bengela (Rainha Tereza)
Ela foi uma líder quilombola que deu visibilidade ao papel da mulher negra na história brasileira. Ela liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou o Quilombo do Quariterê, abrigando mais de 100 pessoas negras e indígenas.

Carolina Maria de Jesus
Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e suas primeiras histórias eram sobre o seu dia a dia na favela onde morava. Entre os seus livros mais vendidos, está o Diário de uma Favelada, seu primeiro livro e que foi publicado em 1960 e vendido em 40 países.

Melânia Luz
Esta mulher incrível foi a primeira mulher negra a integrar a delegação brasileira em Jogos Olímpicos, em Londres 1948 pelo atletismo. Ela foi velocista e três vezes medalhista Sul-Americana.
Livros escritos por mulheres negras
Na literatura, as mulheres negras também tiveram um forte protagonismo ao longo das décadas. A seguir listamos 3 obras que você precisa conhecer.

Amada (Toni Morrison)
Ela foi a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura e esta obra conta a história real sobre as marcas da escravidão e racismo nos Estados Unidos. Em 1998 sua obra foi adaptada para o cinema e teve como papel principal a estrela Oprah Winfrey.

As alegrias da maternidade (Buchi Emecheta)
A autora desta obra intensa e incrível é nigeriana e no seu livro retrata as dores e lutas de viver em uma sociedade patriarcal onde só se é uma “mulher completa” quando se torna mãe.

Ciranda de Pedra (Lygia Fagundes Telles)
Esta obra traz uma mistura de sentimentos e dramas, não é à toa que foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura em 2016.
E se você gosta de ler na viagem, temos muito mais dicas. Clique no botão confira nossa sugestão de 5 escritoras para ler na estrada.
O Dia Internacional da Mulher é uma data importante par refletir sobre as lutas e conquistas até o dia de hoje, e para repensar as ações das mulheres atualmente.
A mulher é protagonista da sua própria história e a força do poder feminino está na individualidade de cada mulher.
E uma destas ações que ajudam a fortalecer o seu protagonismo é viajar sozinha!
Quantas mulheres ouviram a famosa frase “Você é maluca!” ao falarem que iriam viajar sozinhas?
Acredite, viajar sozinha pode mudar sua vida e podemos elencar algumas destas razões:
- Sensação de liberdade
- Foco nos próprios desejos
- Estimular o amor-próprio
- É uma forma de autoconhecer
- Fugir de rótulos
- Ser autora da própria história
Uma viagem de ônibus sozinha pode despertar a sensação de liberdade, empoderamento e autoconfiança. E para te ajudar, confira clicando no botão abaixo nosso guia com todas as dicas que você precisa para viajar sozinha.
Filmes para assistir na estrada
E já que estamos falando do Dia Internacional da Mulher, separamos alguns filmes com personagens femininos incríveis, confira:
- Como Nossos Pais
- Feiticeira Escarlate
- Gambito da Rainha
- Que Horas Ela Volta?
- Self Made
- The Crown
- The Goodfight
‘’Não me dê rosas”

A força e o poder do movimento das mulheres pelo mundo têm se tornado tão grande que refletiram até na maneira de se comemorar ao Dia Internacional da Mulher.
Você já deve ter ouvido a expressão “Não me dê rosas”, que é um movimento feminista contra presentes que possam enaltecer o papel decorativo da mulher no mundo e reforçar o estereótipo criado.
Isto tudo porque o dia 8 de março tem como objetivo principal celebrar as conquistas econômicas, sociais e políticas das mulheres, além de dar visibilidade a sua luta por melhores condições de vida e equidade de gênero.
Por isso a dica é aproveitar esta data para espalhar a mensagem de empoderamento e inclusão das mulheres por todo o Brasil!
A DeÔnibus valoriza as relações e o respeito, e acredita no desenvolvimento de todo o potencial das mulheres, sempre na busca por um mundo com mais empatia e igualdade. Aliás, mais da metade da nossa liderança é formada por mulheres. 🙂
O caminho ainda é longo e cabe a cada um nós sermos geradores da mudança.
Apesar de ainda ter muita luta pela frente, grandes vitórias foram conquistadas e merecem ser celebradas.
Portanto: Feliz Dia da Mulher! 🙂
Confira também nosso post sobre mulheres na estrada! É só clicar no botão abaixo.