O Dia da Independência no Brasil é marcado por desfiles militares e cívicos por todo o país. As ruas são tomadas por bandeiras, cornetas e muita festa.
Mas há outros lugares onde você também pode celebrar esse marco tão importante de nossa história, e ainda aprender sobre os caminhos que nossos antepassados tomaram e que nos trouxeram até aqui.
São lugares riquíssimos em história e cultura, que ajudam a entender todo o cenário que levou à independência do Brasil, além de proporcionarem uma verdadeira viagem no tempo para nossa imaginação.
Além disso, todos esses lugares são perfeitos para o turismo, também. Belas arquiteturas, monumentos históricos e lindas paisagens complementam esse ‘roteiro da independência’.
E o melhor, você pode conhecer todos eles viajando de ônibus, o que torna tudo mais fácil e cômodo.
Pronto para embarcar nessa jornada histórica com a DeÔnibus? A nossa primeira parada é a capital mais movimentada do país. Confira a seguir.
Lugares e monumentos contam a história do 7 de Setembro em São Paulo

Foi às margens do riacho Ipiranga, há 200 anos, em 7 de setembro, que Dom Pedro I (1789-1834) declarou a independência do Brasil em relação a Portugal. O Brasil então se torna uma monarquia e Dom Pedro I passa a ser imperador.
Esse “grito” de independência, proclamado por Dom Pedro I na região do Ipiranga, onde hoje se encontra o Parque Independência, na capital paulista, foi retratado de forma idealizada na imensa pintura Independência ou Morte, de Pedro Américo, que faz parte do acervo do Museu Paulista, mais conhecido como o Museu do Ipiranga.
A independência é um processo que começa em São Paulo e termina na Bahia. Com o Rio de Janeiro negociando pelo meio do caminho. O Rio até então era a corte, a sede do país.
Dom Pedro I estava em Santos (SP), a caminho de São Paulo (SP). E passou pela região do Ipiranga, que era o meio da travessia para o centro da capital. E foi ali que a declaração de separação foi anunciada.
A história da independência brasileira não é simples de ser explicada e não se encerra nos livros ou na pintura de Pedro Américo. Mas o entendimento sobre esse episódio pode ser ampliado quando se visitam alguns pontos turísticos das cidades de São Paulo (SP), do Rio de Janeiro (RJ) ou de Salvador (BA). Todas essas cidades guardam objetos e memórias relativos a esse acontecimento histórico.
Em São Paulo (SP), onde a independência foi declarada, diversos museus e monumentos ajudam a contar essa história e a entender que esse acontecimento foi um processo e não se encerrou no momento do grito.
A independência foi disputada por três cidades: São Paulo (SP), onde foi declarada; Rio de Janeiro (RJ), onde ela foi construída, já que os acordos eram feitos na capital; e Salvador (BA), que foi o lugar que terminou a guerra de independência do Brasil quando os portugueses foram expulsos e vencidos no dia 2 de julho de 1823, quase dez meses depois da declaração do grito do Ipiranga em 1822.
A seguir vamos explorar os lugares de São Paulo (SP) que nos ajudam a compreender um pouco mais sobre esse episódio da história brasileira.
Parque da Independência, no Ipiranga
O Museu Paulista foi o primeiro edifício-monumento à independência criado nessa região como marco histórico. Depois vieram o Jardim Francês, o Monumento à Independência (uma escultura em bronze e granito instalada próxima ao córrego do Ipiranga), a Cripta Imperial e o próprio parque.
A ideia era que essa região, onde o parque está instalado, se transformasse em uma grande celebração nacional, um “altar da Pátria”.
Para chegar ao parque foi criada a Avenida Independência, hoje chamada de Dom Pedro I, que conecta a Avenida do Estado ao Parque.
Museu Paulista

Antes do parque e de todas essas construções, a primeira tentativa havia sido marcar com uma pedra o lugar onde o grito foi dado. Mas essa pedra se perdeu e o local exato dessa declaração de Dom Pedro I nunca foi conhecido. Esse marco não existe mais, mas já mostra que nas décadas posteriores à declaração da Independência já havia uma preocupação em marcar aquele lugar como o berço simbólico da nação porque ali aconteceu a declaração de ruptura formal entre o Brasil e Portugal.
Mas a ideia de marcar o lugar para criar um memorial em homenagem a essa história não foi abandonada. E foi assim que surgiu, no Ipiranga, um primeiro monumento, um memorial, que mais tarde viria a se transformar no Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga.
Monumento à Independência

Feito em granito e bronze, o Monumento à Independência foi inaugurado em 1923 e, até então, era considerado o maior conjunto escultórico do Brasil. A obra é do escultor italiano Ettore Ximenes, que venceu um concurso público para a criação de um monumento em homenagem a esse evento histórico.
O monumento recebe muitas críticas porque não parece retratar a história dessa ruptura entre Brasil e Portugal. Algumas reclamações se referem ao fato de que ele teria sido pré-fabricado e já estaria pronto antes de o escultor ter vencido o concurso.
Cripta Imperial
No interior desse novo Monumento à Independência foi criada a Cripta Imperial. O primeiro corpo a ser guardado nessa cripta é o da Imperatriz Leopoldina, a primeira esposa de Dom Pedro I, que estava enterrada no Rio de Janeiro (RJ). A Imperatriz teve um papel político na independência muito importante e articulou muito bem todo esse cenário da independência: ela estava no Rio de Janeiro (RJ) fazendo política e aconselhando o próprio Dom Pedro.
Igreja Nossa Senhora da Boa Morte

Localizada próximo à Praça da Sé, também na cidade de São Paulo (SP), a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte foi inaugurada no ano de 1810 e tem um significado histórico e cultural bastante ligado à Independência do Brasil. Diz a tradição que o sino da igreja foi o primeiro a badalar no dia 7 de setembro de 1822. O pequeno templo ficou conhecido como Igreja das Boas Notícias, já que seu sino sempre badalava quando alguém importante chegava em São Paulo (SP).
Quadro Independência ou Morte

Encomendado pela família imperial, o quadro Independência ou Morte é parte do acervo do Museu Paulista. A pintura é de Pedro Américo e foi inaugurada em 1888, em Florença, momento em que foi apresentada a Dom Pedro II, filho de Dom Pedro I.
Na tela, Dom Pedro I é retratado montado em um cavalo, mas hoje se sabe que, na verdade, ele estava montado em uma mula, que era o transporte utilizado para subir a Serra do Mar. Isso não foi um erro cometido pelo pintor, mas uma tentativa de transformar o episódio em algo memorável, uma característica da pintura histórica praticada na época.
Casa do Grito
A Casa do Grito recebeu esse nome porque teria sido retratada na tela de Pedro Américo. Mas não há qualquer documento que comprove que ela estava erguida quando Dom Pedro I teria declarado a independência do Brasil.
Não existe nenhuma referência de que Dom Pedro tenha passado por ela ou de que ela existisse na época em que Dom Pedro passou por ali. A primeira documentação sobre a Casa do Grito é de 1844, ou seja, mais de 20 anos depois que Dom Pedro passou por ali.
Até por volta de 1920, a Casa do Grito era uma residência. Mais tarde ela foi comprada pelo Poder Público e transformada no Museu do Tropeiro.
A Casa do Grito tem grande relevância turística porque é um dos últimos exemplares da cidade de São Paulo (SP) de uma construção de pau a pique.
Solar da Marquesa

O Solar da Marquesa, no centro da capital, não tem qualquer relação com o cenário da Independência. Mas foi ali que viveu uma das amantes mais conhecidas de Dom Pedro I: a Marquesa de Santos. E eles se conheceram nessa viagem que Dom Pedro I fazia entre Santos e São Paulo (SP), quando ele declarou a independência. Após conhecê-lo, ela se muda para o Rio de Janeiro (RJ), onde ficava a Corte.
Quando a primeira esposa de Dom Pedro I morre, há uma grande comoção na corte e o imperador do Brasil, sem uma situação favorável, decide abandonar a Marquesa, após sete anos juntos.
Depois disso, já em 1834, ela volta a morar em São Paulo (SP), no local hoje chamado de Solar da Marquesa. Nesse ano, Dom Pedro já havia falecido.
Como você viu, São Paulo (SP) tem inúmeros locais importantes para a história da independência do Brasil. Conheça todos eles (e muitos outros) em nosso guia completo sobre a cidade clicando no botão abaixo.
Além de São Paulo, os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais também desempenharam um papel fundamental na história da independência do Brasil. A seguir listamos dois lugares no Rio e em Minas que você precisa conhecer.
Museu da Inconfidência em Ouro Preto

Para entender melhor o contexto histórico e cultural relacionado à Independência do Brasil, você pode visitar o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG). Ele é totalmente dedicado à memória da Inconfidência Mineira, movimento que definiu os contornos políticos do Brasil do século 19. O prédio onde ele se encontra é também uma construção histórica construída na década de 1780, e carrega o estilo arquitetônico da época.
Se você visitar Belo Horizonte (MG), pode facilmente dar uma “esticada” até Ouro Preto (MG) para conhecer o museu. Confira abaixo nossas dicas para aproveitar ao máximo a capital mineira.
Ilha Fiscal no Rio de Janeiro

A Ilha Fiscal é um ponto histórico importante do Rio de Janeiro (RJ) e localiza-se na Baía de Guanabara. Em 1889, ela recebeu a última grande festa do Império brasileiro, e atualmente, abriga um museu mantido pela Marinha do Brasil. A arquitetura da Ilha é bastante interessante, e conhecer o local é uma ótima experiência para quem visita a cidade maravilhosa. Vale a pena conferir!
Rota turística que passa por Rio, Minas, Goiás e DF celebra 200 anos da Independência

Um percurso de 1.179 quilômetros, que passa por montanhas, litoral, áreas verdes e por ícones arquitetônicos, além de atrações culturais, históricas, artísticas e gastronômicas. Três Estados – Rio, Minas e Goiás – e o Distrito Federal se juntam na criação da Via Liberdade, rota turística lançada em abril que passa por 307 cidades. Além de fomentar a visitação, a ideia é celebrar o bicentenário da Independência do Brasil, comemorado em setembro.
A escolha dos destinos, ao longo da Rodovia BR-040, privilegiou espaços simbólicos desde a fase do Brasil Império no Rio, passando pelos movimentos libertários em Minas, a conquista do interior, em Goiás, e a criação de Brasília. No roteiro, há sete Patrimônios Culturais da Humanidade: o Cais do Valongo e o Sítio Burle Marx, no Rio; a Serra do Espinhaço, em Ouro Preto (MG), a cidade de Congonhas (MG) e a Pampulha, em Belo Horizonte (MG), o Caminho de Goiás e Brasília, além das regiões do Grande Sertão Veredas e o Rio São Francisco.
A DeÔnibus te ajuda a conhecer todos esses lugares históricos e importantes para Independência do Brasil. Utilize os botões abaixo para pesquisar suas passagens de ônibus e boa viagem!